Pingos voam nos ares,
mas não é um simples orvalho,
tampouco poeiras ao vento
no longo mês de maio.
É só uma chuva branda,
como outra de verão,
que vem, que passa,
que deixa marcas e lamas no chão...
Que deixa aquele cheiro
de terra molhada,
e lembra de tardes em casa,
preso, sentado no degrau da escada.
É só uma chuva branda,
como outra qualquer,
presente em novembro
que molha a enlutada mulher.
Que lembra da mesma mulher,
que chora em Finados,
por ter perdido seu marido
que hoje vive em paz e sepultado...
Sepultado em uma caixa,
que não é de presentes,
nem é de Natal,
é fruto, pois, do original pecado...
E de longe,
a triste viúva chora,
misturando lágrimas com chuva
por causa de um amor que foi embora.
Edson José, 01/11/09
domingo, 1 de novembro de 2009
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2 comentários:
Muito bom rapaz....finalmente um poema com conteúdo, que não fica só no "lenga lenga" rs....aqueles que no fim você lê e parecem palavras bonitas soltas ao vento...
Já tô seguindo...sempre vou passar aqui conferir...
Excelente irmão, muito bom mesmo. depois me mande seu e-mail que vou enviar à você um livro de poesias de um poeta aqui de nossa paróquia!
Salve Maria
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